NOTA DE REPÚDIO
A ASSOCIAÇÃO MOVIMENTO DE
ARTISTAS DE RUA DE LONDRINA – AMARL, vem à público se pronunciar diante da
declaração criminosa promovida pelo então secretário especial de Cultura
Roberto Alvim que, no dia 16/01/2020, ao apresentar uma nova política nacional de
investimentos para a cultura, usou um trecho do mesmo discurso proferido pelo
ideólogo e ministro nazista Joseph Goebbels, demonstra explicitamente uma
apologia ao nazismo e o caráter político protofascista do atual governo federal,
anunciando uma política nacional que privilegia grupos religiosos, sem respeito
à laicidade do Estado, à diversidade e pluralidade artística e cultural do
país.
Afirmamos a necessidade da
existência da Rede Brasileira de Teatro de Rua (RBTR) e de planos municipais
ligados à um sistema nacional de cultura que seja plural e democrática,
possibilitando aos diferentes setores da cultura (Dança, Artes Visuais, Cinema,
Fotografia, Música, Artes Cênicas, Cultura Popular etc) recursos que os contemplem
e que respeite a livre expressão da atividade intelectual, artística, cientifica
e de comunicação, independentemente de censura ou licença, contidos na
Constituição Brasileira.
Portanto, repudiamos a recente
declaração de cunho nazista, promovida pelo ex-secretário especial de Cultura
Roberto Alvim, assim como uma política nacional, seja no setor da Cultura ou de
qualquer outro setor do Estado, que seja excludente e discriminatória.
Entendemos que sua demissão do cargo não significa nenhuma alteração de postura
do atual governo federal, mas somente uma tentativa de disfarçar seu caráter
protofascista que se torna a cada dia mais explícito. A sociedade brasileira
não pode ficar inerte diante de um governo antidemocrático que, além de
entregar as riquezas fundamentais do país ao capital internacional, trata a
vida dos povos originários, LGBTQI+, negras e negros e de toda classe
trabalhadora, como descartáveis e dispensáveis para o desenvolvimento
econômico.
Desta forma, conclamamos a todos
e todas que lutam por um mundo socialmente mais justo e igualitário, com
respeito à diversidade e à soberania popular, para a defesa de políticas
públicas que contribuam para democratização do acesso aos bens culturais e
artísticos, que valorize artistas, técnico(a)s, profissionais, trabalhadores e
trabalhadoras da cultura e que promova a diversidade artística do país.
Assim, abaixo assinamos:
Movimento de Artistas de Rua de
Londrina
Marcas no Corpo
Nós Clandestinas
Cia Kiwi de Jaqueta
Tricantumconto
Aruande
Coletivo Antiqu4'Rio
Cia. Relatos de Si
Cia Teatro de Garagem
Cia. Translúcidas
Edna Aguiar
Grupo Diva's
Cine Cequinha
Fábrica de Teatro do Oprimido
Valéria Barreiros
Maria Rita Moreira
Binho Prado
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